No dia 7 de fevereiro do ano de 2025, o Primeiro-Ministro do Japão, Shigeru Ishiba, encontrou-se com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. Este encontro tinha como finalidade o fortalecimento da aliança entre os dois países e o estabelecimento de uma relação pessoal entre os dois líderes. Foi a primeira reunião dos dois líderes, em pessoa, desde que Ishiba assumiu o cargo, em outubro de 2024.
Na ocasião, foram discutidas questões centrais para ambos os países. Em segurança regional, Ishiba procurou garantias de que o Japão e os Estados Unidos manteriam sua aliança militar, especialmente diante do aumento das tensões na região da Ásia-Pacífico, especialmente com as ameaças que vêm da Coreia do Norte e a ascensão da China no Terceiro Mundo. A cooperação para manter um Indo-Pacífico livre e aberto foi discutida como uma questão crucial para a estabilidade na região.
A questão do comércio bilateral foi uma questão central no diálogo econômico. Trump expressou sua preocupação sobre o seu déficit comercial com o Japão e disse que poderia impor tarifas aos produtos japoneses caso o desequilíbrio não seja corrigido. Ishiba, em resposta, mencionou os investimentos japoneses nos Estados Unidos, e ele propôs compras de gás natural liquefeito (GNL) americano para ajudar na balança comercial.
Além disso, os dois líderes concordaram que as questões da taxa de câmbio serão tratadas pelos ministros das finanças, reafirmando a abordagem acordada no primeiro mandato do Trump. Esta estratégia visa evitar flutuações cambiais que possam perturbar os mercados e impactar a recuperação econômica japonesa.
A reunião se deu em um contexto de incertezas, em decorrência do estilo errático de Trump e das críticas internas que Ishiba encontra com relação à sua relativa inexperiência em diplomacia. Os analistas advertem quanto aos desafios que o Primeiro-Ministro japonês deve enfrentar para tentar se manter em uma posição forte, não incorrer em erros diplomáticos e garantir que as relações bilaterais de longo prazo permaneçam estáveis.
A habilidade de Ishiba de lidar com as preocupações de Trump e de assegurar compromissos fundamentais também será crucial para a continuidade de uma aliança Japão-EUA robusta, assim como para o progresso da paz e da prosperidade na região da Ásia-Pacífico.
