Preços de alimentos e bebidas disparam no Japão: mais de 4.000 itens ficarão mais caros em abril

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Tóquio, 2 de abril de 2025 – Os consumidores japoneses enfrentarão um novo golpe no bolso a partir deste mês, com mais de 4.000 produtos alimentícios e bebidas tendo seus preços reajustados para cima. Esse aumento reflete a pressão contínua dos custos de importação, encarecimento de matérias-primas e a persistente depreciação do iene, que eleva os preços de produtos estrangeiros.

O que está ficando mais caro?

De acordo com um levantamento do Instituto de Pesquisa Teikoku Databank, os reajustes atingirão uma ampla variedade de itens essenciais, incluindo:

  • Laticínios: Leite, queijos e iogurtes (aumento médio de 5 a 10%);
  • Óleos e temperos: Maionese, molho shoyu e azeite (alta de 8 a 15%);
  • Bebidas: Refrigerantes, sucos e cervejas (subida de 3 a 7%);
  • Produtos processados: Massas instantâneas, enlatados e snacks (variação de 5 a 12%).

Além disso, cadeias de supermercados e redes de convenience stores (como 7-Eleven, FamilyMart e Lawson) também ajustarão preços de produtos prontos, como bentōs (marmitas) e onigiris (bolinhos de arroz).

Por que os preços continuam subindo?

Os principais fatores por trás dos aumentos são:

  1. Custos de importação elevados: O iene fraco torna alimentos como trigo, milho e carne bovina mais caros.
  2. Aumento nos preços de energia: Transporte e produção industrial seguem pressionados.
  3. Escassez de mão de obra: A falta de trabalhadores em setores agrícolas e de logística encarece a produção.

Impacto no consumo das famílias

Com a inflação de alimentos acumulando altas nos últimos anos, muitas famílias estão mudando hábitos:

  • Redução no consumo de itens premium (como carnes nobres e importados);
  • Aumento na procura por marcas próprias (produtos mais baratos de redes como Ito Yokado e Aeon);
  • Substituição de ingredientes (ex.: troca de azeite importado por óleo vegetal local).

Perspectivas para os próximos meses

Analistas alertam que a pressão inflacionária deve continuar, especialmente se o Banco do Japão (BoJ) mantiver sua política monetária flexível, limitando a valorização do iene. Enquanto isso, o governo estuda medidas paliativas, como subsídios a produtores e programas de desconto para alimentos básicos.

Conclusão

O Japão vive mais uma onda de aumentos nos preços de alimentos, pressionando o orçamento doméstico em um momento de recuperação econômica ainda frágil. Enquanto empresas repassam custos aos consumidores, a busca por alternativas mais acessíveis deve se intensificar.

Fontes: Teikoku Databank, Ministério da Agricultura do Japão, relatórios de varejo.


Este artigo foi produzido com base em dados de institutos de pesquisa e análises de mercado. Para informações detalhadas sobre reajustes, consulte as redes de supermercados e fabricantes.

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