Nos últimos dias, um rumor alarmante começou a circular com força em Hong Kong: a previsão de que um mega terremoto atingirá o Japão no mês de julho, seguido por um possível tsunami de grandes proporções. A notícia, sem qualquer base científica ou confirmação oficial, ganhou espaço principalmente em redes sociais e grupos de mensagens, gerando pânico e incerteza entre os viajantes da região.
Consequências imediatas: voos cancelados
O impacto foi rápido e direto. Diversas agências de turismo e companhias aéreas registraram cancelamentos em massa de passagens aéreas com destino ao Japão, especialmente para o período de julho. Segundo relatos da imprensa local, alguns voos chegaram a ser suspensos preventivamente, não por risco real, mas pela drástica redução na demanda.
Hong Kong é um dos principais emissores de turistas para o Japão, e qualquer oscilação no volume de viagens afeta diretamente o setor de turismo japonês, que ainda se recupera dos impactos da pandemia e das instabilidades econômicas globais.
Boato sem base científica
Especialistas e autoridades japonesas foram rápidos em desmentir os rumores. Até o momento, não há qualquer evidência científica ou previsão concreta que aponte para um terremoto de grande magnitude em julho. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) reforça que não é possível prever com exatidão o dia ou o mês de um terremoto, mesmo com o uso das tecnologias mais avançadas de monitoramento sísmico.
O que existe, no entanto, é uma probabilidade estatística de longo prazo sobre a ocorrência de um grande terremoto na região de Tóquio nas próximas décadas — algo amplamente discutido pela comunidade científica há anos, mas que não justifica pânico a curto prazo.
Fake news e seus riscos
Esse caso reforça o poder destrutivo das fake news, que, além de espalharem medo injustificado, causam danos econômicos reais e alimentam a desinformação. O governo japonês, assim como autoridades turísticas, recomenda que os viajantes busquem informações em fontes confiáveis antes de tomarem decisões com base em boatos.
Conclusão
Em tempos de redes sociais e compartilhamento instantâneo de informações, é essencial manter o senso crítico e não se deixar levar por manchetes sensacionalistas. A melhor forma de se proteger — tanto fisicamente quanto financeiramente — é se manter bem informado por meio de canais oficiais e da imprensa séria.
Se você está planejando viajar para o Japão, não há motivo para alarme. Siga as recomendações de segurança do país, esteja atento às atualizações da Agência Meteorológica e não deixe que o medo baseado em boatos atrapalhe seus planos.